domingo, 14 de junho de 2009

Profissional de TI*, um rock star diferente

Começarei este post com uma simples pergunta: Sua companheira** fica tão feliz quanto você ao ver seu código milagroso para a solução de um problema?


"Gatinha, deixa eu te mostrar meu último código fonte!"


É fato, não somos rock stars. Não fazemos um gol e dedicamos ao nosso filho em rede internacional. Não incorporamos o personagem de uma forma que transmita a emoção para o público. No máximo, iremos aparecer no jornal entre uma das várias reportagens do Kaká ou de mais um novo filme do Brad Pitt.

- Mas, quem era aquele naquela entrevista que passou?
- Era o co-inventor desse tal de USB.
- Ah...
[silêncio]
- O Brad Pitt está mesmo um gato nesse novo filme, não é amiga?
...

E o nome? Onde foi mencionado o nome de Ajay Bhatt? Será que ele é menos importante para a história da humanidade quanto Pelé, Ronaldinho, Elvis, etc? Fala-se de computador e o máximo que se escuta em nomes é Bill Gates. E acredite, muitas pessoas acham que não existe diferença entre linux e windows e não sabem o que é Microsoft.

A ciência é feita para que outros cientistas nos admirem. Exibimo-nos para quem pode entender a complexidade do que fazemos. Sério, o computador não é criado de uma hora pra outra.

Está cada vez mais difícil encontrar mulheres na nossa área. E as que entram normalmente se afastam da área técnica. Para quais mulheres seremos, então, o macho dominante***? Como iremos nos exibir para as fêmeas da região se elas não nos acham atraentes?

E deixo mais perguntas. Será que no momento em que nós, brasileiros, valorizarmos mais a ciência e a engenharia veremos mais os resultados de mentes criativas no nosso país? Ou eu vou matricular o meu filho na escolinha de futebol para que ele tenha um bom futuro por aqui?

* TI: Tecnologia da Informação
** Estou assumindo que você é mais um dos homens na área de TI.
*** Exemplo de machos dominantes: pessoas da área de direito ou medicina (para os que investem na mente), jogadores de futebol ou artistas (não faz diferença qual, basta aparecer na televisão e parecer bonitinho)

domingo, 26 de abril de 2009

Fim de semana

Manhã de sábado ensolarada, ideal para curtir uma praia. Acordo cedo (7 horas da manhã), me arrumo e por volta das 9 horas... Vou para casa de Henrique fazer trabalhos da faculdade. Primeira brincadeira, GRASP (trabalho de Engenharia de Software II) com Marcus e Antônio Carlos. Chegado o meio dia e dada por encerrada a atividade voltada para GRASP para aquele momento, pois ainda restam várias realizações para se fazer, inicia-se a jornada junto com a LPC2129 (plaquinha já com uma aplicação embarcada do nosso professor). Nesse caso o grupo está composto por Edson, Henrique e eu.

começa agora...
Sistemas Embarcados (o projeto)
Primeiro dia

A aplicação poderia acender e apagar os LEDs de acordo com o botão que fosse pressionado. Em nosso poder estava, também o código desta aplicação. Foi ai, então que resolvemos tentar embarcar a mesma aplicação. Problema, como deveriamos configurar o Flash Magic e os jumpers da plaquinha para embarcar uma aplicação?

Tentamos de várias formas: tira jumper, coloca jumper, haddoken pra trás no soco forte... nada. Mas, segundo o Flash Magic a aplicação havia sido embarcada, sendo que os LEDs não ligavam. Surgiu então a dúvida, será que a plaquinha morreu? Fomos (meu grupo) buscar a outra plaquinha que estava com Antônio (um colega de outro grupo) pra tentar com ela.

Conseguimos fazer, exatamente, a mesma coisa com a outra placa. Nada de LEDs acendendo. A hora foi se passando, entrou a noite e fui para casa levando comigo uma das placas para continuar tentando.

Liguei para Bruno Cartaxo (membro do outro grupo) e peguei com ele as configurações exatas para o Flash Magic com a LPC2129. Para minha alegria, funcionou! Naquele momento era só festa, modificar o código do professor, colocar esse e não aquele LED para acender, agora apaga, agora acende, etc. Dá pra notar, fiquei feliz.

Depois comecei a tentar desvendar a porta Ethernet, descobri a existência do uIP que resolvia esse problema e pude, então, escrever uma aplicação embarcada para acender e apagar os LEDs com um cliente Socket em Java para controlar cada um deles. Agora, resta conseguir embarcar um servidor WEB que permita controlar os LEDs a partir dele, já que o problema IP foi resolvido. Estou empolgado, pois o FreeRTOS parece atender a esta necessidade! Depois que os LEDs puderem ser acesos pelo servidor WEB o objetivo passará a ser acender uma lâmpada a partir dele.