domingo, 24 de agosto de 2008

Lógica de programação: a primeira vista

Era dezembro de 2004, quando fui para a primeira aula de lógica de programação no ITECI. Um pouco atrasado chego ao local e, sem sequer me ser questionado o nome, sou colocado em uma sala por uma das atendentes do local. A aula já havia iniciado e tinham muitas pessoas na sala. O instrutor exibe um slide com a seguinte frase: "A caneta está na gaveta, para pegar a caneta preciso abrir a gaveta". Claro! É óbvio que para pegar uma caneta que está dentro da gaveta eu preciso antes abrir a gaveta.

Olhei para os lados me questionando: "Será que alguém daqui não sabe abrir uma gaveta e tirar a caneta?". Estaria eu em uma sala para pessoas, digamos assim, "especiais". Todos pareciam normais a minha volta (apesar de serem da área de TI).

Chega o intervalo, resolvo perguntar ao instrutor se eu estava, realmente, na sala de lógica de programação. Para minha surpresa... Estava! Começamos a ver outros procedimentos simples do cotidiano e eu ainda a me perguntar se valeria a pena um curso daquele. Era claro que eu sabia tirar caneta de gaveta, abrir geladeira, fazer uma ligação de orelhão para um amigo.

Chega a hora de fazermos fluxogramas...

"Faça uma ligação para um amigo pelo orelhão", era o que dizia o exercício para fazermos em um fluxograma. Isso eu sei... Pega cartão... Liga pra o amigo... se não atender, liga de novo... atendeu, falou, "tchau"! Entrego o fluxograma feliz da vida. Acabei antes de todo mundo... [ÊÊÊÊ!!!]

O instrutor pergunta: "Se eu não tiver cartão?". Volto... Nem sento na cadeira e coloco um outro bloquinho daqueles que representa uma condição... setinha pra lá... setinha pra cá... Pronto! Está aqui meu fluxograma "completão"! E ele pergunta: "E se o orelhão estiver quebrado?".

Para resumir a história, passei a noite inteira fazendo um fluxograma que não cabia em várias folhas juntas de papel paltado. E no final acabei percebendo que tirar uma caneta da gaveta não é um procedimento tão simples. Precisamos dizer para a máquina o que ela vai fazer em cada situação. Somos nós quem damos a inteligência que ela possui.

Eu possuia uma visão leiga de que para fazer um software era apenas questão de desenhar uma tela e dizer "Alakazam!" para que tudo estivesse resolvido. Vi que não é tão fácil como muitos imaginam. Já mais a frente no curso, depois de passar duas semanas virando noites e reunindo-se na casa dos colegas de grupo, apresento o projeto (feito em Java com Swing, todo na mão, tinha até DesktopPane no meio, que tirei nota máxima) para minha mãe e ela fala: "Tu passou duas semanas dormindo mal pra fazer essa coisa?". Mas quer saber? Valeu, muito, a pena.

Cenários a se pensar para construir? Existem muitos... Para quebrar... Mais ainda!

Para deixar claro... Não consegui fazer a ligação de orelhão sem que o intrutor quebrasse em algum lugar, que sorrindo me disse: "Está bom por este, vamos para um próximo exercício!".

domingo, 10 de agosto de 2008

Motivação

"Motivação", este foi o tema do primeiro texto que tive a oportunidade de ler do professor Douglas Daniel Del Frari. Grato, sou, a Deus por poder trabalhar no mesmo ambiente que esta pessoa, onde posso trocar idéias nas horas de almoço. O que mais me admira neste profissional é o empenho para passar, não somente para seus alunos mas, para a comunidade o seu conhecimento, o que ele acredita ser importante e valioso para a área de tecnologia da informação. Não é fácil encontrar professores que se importem tanto com os alunos a ponto de ajustar a própria aula para que todos possam tirar proveito do conteúdo. Espero um dia ter o privilégio de estar em alguma aula ministrada por ele.

A motivação para se criar o blog já existia, mas foi a partir do post de como se preparar para o mercado de trabalho que foi dada a partida. Espero demonstrar aqui coisas que considero importantes para atuar na área. E tentar, até mesmo, me manter atualizado quanto a tendências do mercado.

Assumi este casamento com o desenvolvimento de software a algum tempo com a ajuda e apoio do meu pai, outro profissional da área que admiro bastante (profissionalmente e pessoalmente). Esse amor que adquiri por desenvolver é o que me faz ficar feliz durante e após as noites de sono que não tenho por estar estudando ou fazendo projetos. Esse amor é a minha motivação. Tomando uso das palavras de um poeta, que seja eterno enquanto dure. Que venham mais linhas de códigos que tragam vontade de pôr molduras e pendurar na sala de casa. E venham mais noites não dormidas que gerem bons resultados.

Falando um pouco mais do meu pai. O que seria de mim se não fosse por ele? Foi ele quem me disse: "Se você pretende mesmo fazer ciências da computação este curso é interessante". O curso ao qual ele se referia era o de programador trainee (que eu havia pego o folder). O preço pago por se antecipar, alguns períodos chatos na faculdade em que eu pensava que poderia estar em outros lugares aprendendo alguma coisa. Mas de tudo deu pra se tirar algum aprendizado. Voltando ao meu pai, não teria dia melhor para dizer o quanto ele é importante. Feliz dia dos pais, "painho", apesar de estar, quase, no final do dia! Obrigado por tudo!

Para deixar claro os meus agradecimentos, obrigado Deus, "painho", "mainha", minha irmã, e a todos aqueles que me dão, de alguma forma, motivação para continuar a enfrentar meus desafios. Do mundo, sabemos que, não levaremos nada. Então espero plantar, quem sabe aqui, bons frutos para aqueles que nele, irão, passar.